A existência de um multiverso pode romper as barreiras da ficção científica e só a teoria das cordas é capaz de explicar esse fenômeno.
(Imagem: Instituto de Astrofísica Max Planck)
Atualmente, utilizamos teorias distintas para descrever fenômenos em diferentes escalas: a relatividade geral para o macrocosmo, como estrelas e galáxias, e a mecânica quântica para o microcosmo, como partículas subatômicas. Entretanto, essas duas teorias não se encaixam plenamente.
Se o objetivo da ciência é a busca por explicar e dar sentido ao universo de maneira completa, nada mais natural do que todo o conhecimento do mundo convergir para uma única teoria universal. Algo como uma “teoria de tudo” que consiga unificar todas as leis fundamentais da natureza em um único arcabouço.
Uma “teoria de tudo” seria capaz de integrá-las, permitindo-nos compreender as forças que regem desde o menor átomo até a maior galáxia. Essa unificação traria uma visão coesa do universo, eliminando as lacunas e inconsistências atuais, além de responder às questões mais fundamentais sobre a natureza da realidade. A teoria das cordas é, talvez, a candidata mais famosa para o que os físicos chamam de teoria de tudo – uma estrutura matemática única capaz de descrever todo o universo conhecido.
Multiverso na cultura popular vs. Teoria das Cordas: qual é a diferença?
No filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022), o multiverso é apresentado como uma série de realidades paralelas, cada uma com suas próprias leis físicas e versões dos mesmos personagens. Na cultura popular, o multiverso é usado para criar histórias com mundos alternativos que coexistem e, por vezes, se cruzam.
Na busca pela tal “Teoria de tudo”, a teoria das cordas reimagina do que a realidade é feita. Em vez de tratar partículas subatômicas como os blocos fundamentais da matéria, a teoria das cordas diz que tudo é composto por minúsculas cordas, cujas vibrações produzem efeitos que interpretamos como átomos, elétrons e quarks.
Na busca pela tal “Teoria de tudo”, a teoria das cordas reimagina do que a realidade é feita. Em vez de tratar partículas subatômicas como os blocos fundamentais da matéria, a teoria das cordas diz que tudo é composto por minúsculas cordas, cujas vibrações produzem efeitos que interpretamos como átomos, elétrons e quarks.
Teoria das Cordas: quais as consequências de um multiverso para nossa noção de realidade?
A “evidência” para o multiverso é teórica, não experimental, o que significa que não podemos nem provar, nem refutar sua existência.
Se a Teoria das Cordas estiver correta e sugerir a existência de um multiverso, isso teria implicações profundas para nossa noção de realidade. Afinal, nosso universo seria apenas um entre muitos, cada um com suas próprias leis físicas e condições iniciais. Essa visão desafiaria a ideia de que a realidade que conhecemos é única e absoluta, implicando que múltiplas versões do universo poderiam existir simultaneamente, cada uma evoluindo de forma independente.
Para nossa compreensão do cosmos, isso significa que os conceitos de espaço e tempo poderiam ser muito mais complexos do que imaginamos, e que a diversidade de realidades poderia reconfigurar nossa percepção de possibilidades e de nossa própria existência. Esse cenário transformaria nossa visão do universo de um sistema único e fechado para um vasto conjunto de realidades interconectadas.
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