Uma das mais poderosas ferramentas para se alcançar a satisfação em cada um daqueles intentos benéficos a que nos propomos, é o bom relacionamento.
Dizer sim, não, talvez, depende, aceitar ou recusar, e até demonstrar sentimentos e opiniões em níveis profundos: tudo depende de "como fazer". O tom da voz, a expressão no olhar, a firmeza da expressão, enfim, cada um dos pequenos detalhes que a maioria de nós deixa passar desapercebidos, são merecedores de cuidados especiais, de modo que não se crie reações aquém ou além daquelas desejadas.
Mas quem poderá prever a reação do outro? Todos aqueles que se anteciparem e sinceramente desejarem se colocar no lugar do outro não apenas como expectadores superficiais de sua vivência, mas como se de hoje em diante tivessem que assumir a postura do outro verdadeiramente.
Sensibilidade proveitosa não é aquela que lhe faz chorar ao ver uma calamidade ou sofrer pelos inúmeros ressarcimentos da "lei" pelos quais há compulsoriedade de muitos de nós. Sensibilidade proveitosa é aquela que lhe faz fluir mais livremente e com maior velocidade em meio à densidade do mundo, ultrapassando barreiras, resolvendo problemas e vencendo obstáculos, não por pura satisfação pessoal, mas por um intento maior: o de expandir a própria consciência aplicando o melhor que se puder e colocando o máximo de esforço produtivo em tudo o que se faz, desde as pequenas às mais grandiosas coisas da existência.
Sim, a receita é simples de ser entendida. Fazer o bolo das realizações de modo que ele não tenha sabor de egoísmo é que é difícil.
Mas, levando-se em conta que a humanidade já passou por dificuldades muito maiores, porque nós, notadamente privilegiados frente aos muitos exemplos do espaço-tempo chamado "passado", não podemos tentar a cada dia? Pensemos nisso!
Por Antony Valentim
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